segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sound Sculptures

LP Sound Sculptures

01 Siegfried Fink ‘Metallophonie’ (9:15)
02 Hans-Karsten Raecke ‘Das Mecklenburger Pferd’ (9:50)
03 Wolfgang Roscher ‘Phonetische Etüde’ (7:40)
04 Klaus Hinrich Stahmer ‘Soundscape’ (16:05)
05 Wilfried Jentzsch ‘Lithophonie’ (10:40)
06 Klaus Ager ‘Alinkonie II’ (13:25)
07 Herbert Försch-Tenge ‘Tri-Cello II’ (9:18)
08 Anestis Logothetis ‘Klangagglomeration’ (10:40)
09 Christoph Wünsch ‘Kaleidoskop’ (9:50)
10 Peter Vogel ‘Kleines Fünfstimmiges Minimal Music Object’ (6:30)

Total time: 1h44

Double-LP released 1985, Wergo Schallplatten Gmbh.

Published by Wergo in 1985, Sound Sculptures is a gorgeous, state-of-the-art overview of Austria and West Germany’s instrument builders and sculptors curated by composer and music critic Klaus Hinrich Stahmer. A German equivalent to Bart Hopkins’ Experimental Musical Instruments compilation CDs, though the concept here being that composers/interprets will use someone else’s sculpture or sound construction to create their soundwork. The title’s double-entendre is perfectly maintained throughout the album: sound producing actual sculptures and soundcrafting as an artform. Particularly striking is the variety of sonorities emited, from angklung-like metallophones to interactive electronic sensors, from industrial bleak soundscapes to subtle microtonal nuances, from improvised free music to drone-a-thon. This is rather un-classifiable music only occasionaly sounding like Stockhausen or Boulez solo percussion pieces. Apart from the sculptures, additionnal instruments include: strings, bowed metals, metal chimes, saxophone, sea shells, wood, processed vocals, voice, electronic effetcs, etc. While some composers/improvisors are instrument builders themselves, like Hans-Karsten Raecke (cf website), others are avantgarde music composers, like Greek-born Austrian Anestis Logothetis (1921-1994), whose enchanting and nuanced minimal music – one of the highlights of the set – blends electronic and acoustic sounds, and have a visual dimension often based on graphic scores (see Dmtls Merzbau’s post). Wilfried Jentzsch studied with Xenakis in Paris (1976-1981) and is now an electroacoustic music composer living in Dresden. His piece Lithophonie is based on electronically processed sounds from a stone sculpture, with a decidedly stochastic touch in its clouds of high pitched notes. Herbert Försch-Tenge‘sTri-Cello II sounds like a Zoviet-France live recording, complete with bass string instrument hit with mallet, ethnic flute and long reverb effect. Too many good tracks here to mention, but this is a major addition to the sound art pantheon that can even help widen the definition of it. Thanks to Vespucci for this masterpiece.

Download. (129Mb via Mega)


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terça-feira, 24 de maio de 2011

Próximas Aulas

Pessoal, segue nosso calendário:

27/5 - Aula normal na UERJ.

28/5 - 14h no MAM. Sabadão... não é aula. Haverá oficinas e outras atividades para crianças de 6 a 12 anos. O Romano estará lá e avisou que quem for e levar uma criança ganha um ponto! Ainda não sei quem eu vou sequestrar...

3/6 - Aula normal na UERJ.

10/6 - Não haverá aula. 

11/6 - Aula 14h no MAM. Vocês poderão conversar com o Guilherme Vaz, e o Rodolfo Caesar, O Guilherme fundou a unidade experimental do MAM e o Rodolfo o Estúdio da Glória e o LAmut, aula de história, ...

17/6 - Aula normal na UERJ.

24/6 - Não haverá aula

25/6 - 14h no MAM. Sabadão... não é aula, mas o Romano conta com a presença de todos na apresentação dele... então conta como aula.

1/7 - Apresentação de trabalho prático. Este deve ser acompanhado de uma explicação...

É isso aí! Se eu tiver errado alguma coisa... foi mal!

Plano B

Confiram a programação do Plano B:

http://www.planoblive.blogspot.com/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Orson Welles

The War of the Worlds was an episode of the American radio drama anthology series Mercury Theatre on the Air. It was performed as a Halloween episode of the series on October 30, 1938 and aired over the Columbia Broadcasting System radio network. Directed and narrated by actor and filmmaker Orson Welles, the episode was an adaptation of H. G. Wells' novel The War of the Worlds.
The first two thirds of the 60-minute broadcast were presented as a series of simulated "news bulletins", which suggested to many listeners that an actual alien invasion by Martians was currently in progress. Compounding the issue was the fact that the Mercury Theatre on the Air was a 'sustaining show' (it ran without commercial breaks), thus adding to the program's quality of realism. Although there were sensationalist accounts in the press about a supposed panic in response to the broadcast, the precise extent of listener response has been debated.
In the days following the adaptation, however, there was widespread outrage and panic by certain listeners who believed the events described in the program were real.[1] The program's news-bulletin format was decried as cruelly deceptive by some newspapers and public figures, leading to an outcry against the perpetrators of the broadcast, but the episode secured Orson Welles' fame. Welles' adaptation was one of the Radio Project's first studies.

domingo, 15 de maio de 2011

Resenha da Exposição “I in U / Eu em Tu” – Laurie Anderson

Mostra retrospectiva elaborada exclusivamente para o CCBB e que apresenta um conjunto instigante de obras originais de Laurie Anderson, composta de instalações, fotografias, desenhos, vídeos, músicas e documentações de performances, criações produzidas desde os anos 1970 aos dias atuais.

De 29 de março a 26 de junho

Curadoria: Marcello Dantas


O primeiro contato com a mostra acontece na rotunda onde está instalado o objeto interativo "Handfone Table", uma grande mesa negra onde o público apóia os cotovelos em pontos específicos e escuta sons que chegam aos ouvidos quando eles são "tapados" pelas palmas das mãos. Aqui o som não está sendo propagado pelo ar, como de costume, mas sim através da transmissão óssea. Este objeto além de receber um trocadilho como título também traz uma outra inversão em sua interação: para se escutar o som se faz o gesto de alguém que não quer escutar nada, está tapando os ouvidos. Assim o som parece que vem de dentro. Esta atmosfera intimista, presente inclusive no título, ainda aumenta ao longo da visitação.

No segundo andar está montada a exposição propriamente dita. A primeira obra a se encontrar é um grande painel de fundo rosa onde estão pintadas cenas desconexas e de traços rápidos, mas que sugerem alguma narrativa, é a instalação "O coelho cinza". Esta pintura parece ter sido feita especialmente para esta exposição no CCBB, e possui 4 pontos aonde o público aproxima as orelhas e escuta uma gravação em português de uma voz tensa porém sussurrante. O que se escuta é algo como um segredo contado por alguém angustiado. Uma parte importante desta obra parece que passa despercebida por grande parte dos visitantes: há pequenos exemplares de um livro fino sobre dois bancos à frente do painel. Esse livro foi escrito em primeira pessoa pela autora, conta uma passagem trágica da sua infância e fala de uma reflexão sobre a memória. Com esse dado a maneira como o painel foi pintado parece dialogar com a maneira que a memória se fragmenta, os fatos se distorcem, algumas coisas desaparecem e outras são acrescentadas. Esta primeira instalação dialoga com uma grande videoinstalação montada em outra sala próxima. Na sala escura está uma grande superfície feita de papel picado formando uma "paisagem" com casinhas de papel. Sobre esta superfície, vários projetores emparelhados no teto projetam vídeos sincronizados acompanhados por uma composição musical da autora. O resultado é um clima de sonhos e mistérios. Os vídeos projetados mostram cenas que se relacionam com a instalação anterior, vêem-se um coelho cinza, uma enfermeira sorridente, uma criança brincando e outras cenas que correm com a música.
A sensação de estar entrando na intimidade da artista continua no restante da exposição. 

O próximos objetos que me chamam mais a atenção são os dois "Talking Pillow", travesseiros onde os visitantes se debruçam e ouvem sussurros. O uso de um objeto aconchegante, tão comum no cotidiano e ainda ligado a um momento de intimidade, confirma este clima intimista perpassa toda a mostra. Provavelmente estão ligados às instalações citadas anteriormente. Seriam estes os travesseiros daquele hospital em "O coelho cinza"? Os livros-objetos que se seguem continuam a falar da casa e da intimidade, como o livro que conta de maneira extremamente pausada a história de um furto ao apartamento e a lembrança dos objetos que desapareceram ou foram danificados.

Em uma sala anexa está a videoinstalação "Scenes from delusion", que na verdade é uma adaptação da performance ao vivo homônima. É intenso o tema da memória afetiva, desperta os sentidos e explora a reconstrução dos eventos passados até tocar o surrealismo.
Em outra vídeoinstalação, uma pequena imagem em vídeo da artista é projetada sobre um objeto de gesso no chão. Ela conta uma história sobre pontos de vista objetivamente e subjetivamente distintos. A delicadeza da imagem é cativante.
Segue uma série de objetos feitos a partir de violinos modificados. Meu preferido foi "Tape Bow Violin", um violino com arco mecânico onde está esticada uma fita cassete. As cordas desse violino foram substituídas por um cabeçote de leitura ligado a um fone. A série quebra a postura rígida e inacessível do violino como instrumento erudito.
Segue-se uma série de fotografias de Laurie dormindo. São registros de sua experiência de dormir em locais públicos diversos e reparar como estes lugares influenciam em seus sonhos. Mais uma recorrente exploração do tema "sonhos".

A mostra contou com um conjunto significativo de obras e faz uma grande retrospectiva do conjunto da obra de Laurie, no entanto, o espaço físico foi muito limitado para uma mostra tão importante. As vídeo-instalações receberam espaços adequados, mas os objetos expostos foram dispostos em espaços estreitos e o público se acotovelava e se esbarrava du­­­rante a visitação.


 

domingo, 1 de maio de 2011

Decio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos

décio pignatari [20.08.1927, São Paulo SP]
Publica seus primeiros poemas na Revista Brasileira de Poesia, em 1949. No ano seguinte, estréia com o livro de poemas, Carrossel, e, em 1952, funda o grupo e edita a revista-livro Noigandres, com os amigos, os poetas irmãos Haroldo de Campos (1929 - 2003) e Augusto de Campos (1931).



haroldo de campos [19.08.1929 - 16.08.2003, São Paulo SP]
Haroldo Eurico Browne de Campos

Em 1950, publica seu primeiro livro de poesias, O Auto do Possesso, pelo Clube de Poesia de São Paulo, ligado à chamada Geração de 45, com a qual rompe no ano seguinte. Em 1952, com o irmão Augusto e o poeta e ensaísta Décio Pignatari (1927), forma o grupo Noigandres e edita a revista-livro homônima. Em 1956, participa da organização da Exposição Nacional de Arte Concreta no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM - que, um ano depois, é montada no saguão do Ministério da Educação e Cultura - MEC - no Rio de Janeiro. Em 1958, publica, em Noigandres 4, o Plano-piloto para Poesia Concreta, novamente com seu irmão Augusto e Décio Pignatari, que, juntos, lançam, em 1965, o livro Teoria da Poesia Concreta. Em 1976 lança a antologia de seus poemas, Xadrez de Estrelas. É leitor junto à Cátedra de Filosofia (Estética) do Prof. Max Bense (Universität Stuttgart) em 1964. Em 1972, recebe a bolsa Guggenheim e defende a tese de doutorado Morfologia do Macunaíma na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH/USP.





augusto de campos [14.02.1931, São Paulo SP]
Augusto Luis Browne de Campos

Em 1949, é publicado na Revista Brasileira de Poesia, do Clube de Poesia de São Paulo, ligado à chamada Geração de 45. Em 1951, estréia em edição independente com o livro de poemas O Rei Menos o Reino. No ano seguinte, com o irmão Haroldo e o poeta e ensaísta Décio Pignatari (1927), forma o grupo Noigandres e edita a revista-livro homônima. Em 1955, publica, no segundo número da Noigandres, uma série de poemas em cores, Poetamenos, considerado o marco inaugural da poesia concreta no Brasil. A própria expressão "poesia concreta" aparece pela primeira vez como título de um artigo seu, surgido no mesmo ano. Em 1956, participa da organização da Exposição Nacional de Arte Concreta no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - que, um ano depois, é montada no saguão do Ministério da Educação e Cultura - MEC - no Rio de Janeiro. Em 1958, publica, em Noigandres 4, o Plano-piloto para Poesia Concreta, novamente com seu irmão Haroldo e Décio Pignatari, que, juntos, lançam, em 1965, o livro Teoria da Poesia Concreta. Sua obra valoriza a utilização de recursos tecnológicos  e a interação da poesia com a música.





Fonte: http://www.poesiaconcreta.com.br/